Historial
Um breve historial
Fundado a 21 de Março de 1980, o Núcleo de Espeleologia da Associação Académica da Universidade de Aveiro (NEUA) já conta com mais de três décadas de Espeleologia. São incontáveis as actividades, sem falar nos rostos que foram sendo a face do NEUA. Por cá passaram gentes de muitas partes, curiosos, assíduos, ferrenhos... quer da vida debaixo de terra, quer das montanhas e do ar livre.


Até 1986, o NEUA realizou a inventariação sistemática de cavidades em Alvaiázere, Sicó, Penacova, Cantanhede, um curso de mergulho orientado para espeleólogos (1983). Realizou os primeiros mergulhos espeleológicos em Portugal (1984), impulsionou a criação da Federação Portuguesa de Espeleologia (FPE) (1986), efectuou sessões de divulgação e sensibilização de populações para o perigo da contaminação dos lençóis de água (Ereiras 1984, Redinha 1985), efectuou trabalhos importantes de exploração e desobstrução em algumas das mais importantes grutas nacionais, como a Pena da Falsa, a Cova da Velha e a Gruta da Nascente do Almonda.
Durante estes anos são completamente implantados em Portugal os avanços nas técnicas de exploração e progressão em cavidades, que encarecem significativamente a actividade espeleológica, devido ao investimento significativo em equipamento individual e colectivo que envolvem.

Se o NEUA já se tinha distinguido no panorama Nacional e Internacional, pela sua capacidade técnica e científica, é com Espeleossocorro que no início da década de 1990 se afirma mais uma vez e projecta a sua imagem em todo o país.
A partir de 1991, começam as actividades fora do país, com as saídas para Espanha. É também nesta altura que surge uma nova actividade no NEUA; o montanhismo. Este surge em parte devido à dificuldade de cativar novos adeptos da actividade espeleológica.
O montanhismo começa com a marcha de montanha; actividade aprazível e que encontra grande aceitação tanto na Academia Aveirense, como noutras academias e junto da população em geral. Nos anos seguintes seriam percorridas diversas serras portuguesas através de actividades organizadas pelo NEUA em locais como a Serra de Sicó, a Serra da Estrela, Gerês e Alvão.
Em 1992 é realizada a primeira actividade de Marcha de Montanha nos Pirenéus, contribuindo em larga escala para divulgação do NEUA e das suas actividades. Esta actividade tornou-se a maior e mais envolvente actividade do grupo, tendo-se realizado sete edições em anos consecutivos, durante as quais participaram cerca de duas centenas de estudantes e aficionados de todos os pontos do país. Com este sucesso a Marcha de montanha passa a fazer parte das actividades dinamizadas pelo NEUA ao longo de todo o ano.
A vontade de ir mais longe e a necessidade de formação, leva a que, em colaboração com o Clube Nacional de Montanhismo - Secção Norte, se realizem dois cursos de Técnicas Invernais, em 1994 e 1997. Está dado o primeiro passo para o alpinismo e a alta-montanha. Desde então vão surgindo com regularidade actividades mais técnicas, com ascensões e travessias nos Pirenéus, Picos de Europa, Gredos e Alpes.


Em 1999 são acrescentadas duas novas actividades ao curriculum do NEUA: a escalada e o canyoning. Em 2000, a formação de escaladores atinge um volume de actividades considerável, com a realização de um curso de Técnicas de Escalada em Artificial e com a participação no Curso de Técnicas de Resgate em Montanha da prestigiada Escola Espanhola de Alta Montanha, actividades que contaram com a colaboração da Câmara Municipal de Aveiro.
Também com a colaboração desta autarquia, foi continuada em 2000 a formação de socorristas, com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa, salientando-se o Curso Complementar destinado a complementar a formação dos quadros técnicos deste núcleo.
A preocupação com a saúde e bem-estar de todos os praticantes dos chamados desportos de aventura levou o NEUA a organizar, em 2001, as I Jornadas de Saúde e Resgate em Desportos de Aventura. Este evento, pioneiro em Portugal, levantou o debate sobre todo um quadro de prevenção bem como o sistema de socorro inerente a estas actividades que, atendendo ao meio em que decorrem, têm carências específicas no que concerne aos mais diversos aspectos de saúde. Foi também neste ano que, pela primeira vez, espeleólogos portugueses efectuaram uma grande travessia em autonomia: o sistema Cueto - Coventosa - Cuvera, localizado na Cantábria, Espanha. Este sistema, com mais de 30 Km de desenvolvimento, caracteriza-se pelo seu poço de entrada com 600m de profundidade e um desnível total acumulado de -850m.
Também com a colaboração desta autarquia, foi continuada em 2000 a formação de socorristas, com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa, salientando-se o Curso Complementar destinado a complementar a formação dos quadros técnicos deste núcleo.

Em 2005 o NEUA comemora o seu 25º aniversário e edita o 6º número da revista Espeleo Divulgação.
Em 2010 comemora o seu 30º aniversário com o lançamento do 7º número da revista Espeleo Divulgação e é também neste ano que se dá a internacionalização da actividade espeleológica do NEUA com a organização e participação na primeira expedição internacional integralmente portuguesa, realizada em Angola. Desta expedição, intitulada Angola Subterrânea, resulta a primeira referência espeleológica deste pais.
Posteriormente, em 2016, 2017 e 2018, o NEUA volta a organizar e participar em expedições internacionais, desta vez em Timor-Leste e em parceria com a UNTL - Universidade Nacional Timor Lorosa'e. Estas expedições - "Fatuk-Kuak hosi Timor Lorosa'e" - têm como principais objectivos a inventariação e cadastro das grutas e nascentes cársicas de Timor-Leste, a formação de espeleólogos Timorenses e a execução de acções de divulgação e sensibilização junto de estudantes e população em geral que salvaguardem a protecção e uso sustentado do património espeleológico.
É ainda em 2016 que se funda a secção de espeleologia da Associação de Antigos Alunos da UA: Núcleo de Espeleologia da Universidade de Aveiro - Secção AAAUA.
Actualmente, o Núcleo de Espeleologia da Universidade de Aveiro, tem ao longo de todo o ano um vasto plano de actividades abarcando um leque diversificado de actividades e cursos de iniciação às diversas actividades que realiza, cursos de especialização, homologados pela Federação Portuguesa de Espeleologia; marchas de montanha, escaladas, saídas de espeleologia e alpinismo, tanto no nosso país como para o estrangeiro. Continua a haver a preocupação de produzir trabalho, patente nos constantes trabalhos de prospecção e inventariação de cavidades.
Uma forte componente do NEUA são as actividades de divulgação junto das escolas, onde a espeleologia vai despertando interesse e conquistando adeptos entre os mais novos.
A capacidade técnica do NEUA leva a que este seja procurado para a prestação de serviços, que ocorre tanto na forma de explorações espeleológicas como em trabalhos verticais.
O crescente interesse pelas actividades de ar livre, tendência à qual Aveiro não escapa, o facto de estar inserido na Universidade, que conta já com mais de 15.000 alunos, integrando a estrutura da Associação Académica, a própria localização geográfica e a particularidade de se tratar do único grupo com actividades do género em Aveiro, tornam o NEUA cada vez mais solicitado para a organização de actividades e cursos de formação.
Os cursos acabam, as caras vão mudando (algumas teimam em aparecer e são sempre bem-vindas!), os objectivos vão sendo delineados consoante os grupos dirigentes, tendo sempre por base o objectivo de divulgar e desenvolver a Espeleologia no campus universitário e em todo o país.
Uma forte componente do NEUA são as actividades de divulgação junto das escolas, onde a espeleologia vai despertando interesse e conquistando adeptos entre os mais novos.
A capacidade técnica do NEUA leva a que este seja procurado para a prestação de serviços, que ocorre tanto na forma de explorações espeleológicas como em trabalhos verticais.
O crescente interesse pelas actividades de ar livre, tendência à qual Aveiro não escapa, o facto de estar inserido na Universidade, que conta já com mais de 15.000 alunos, integrando a estrutura da Associação Académica, a própria localização geográfica e a particularidade de se tratar do único grupo com actividades do género em Aveiro, tornam o NEUA cada vez mais solicitado para a organização de actividades e cursos de formação.
Os cursos acabam, as caras vão mudando (algumas teimam em aparecer e são sempre bem-vindas!), os objectivos vão sendo delineados consoante os grupos dirigentes, tendo sempre por base o objectivo de divulgar e desenvolver a Espeleologia no campus universitário e em todo o país.